outubro 03, 2009

clima e aspectos economicos e religiosos

A presente pesquisa encontra-se na fase de sistematização dos dados coletados em campo, que serão integrados com os dados documentais e bibliográficos num Sistema de Informações Geográficas, de forma a permitir sua análise completa. Conforme o mapa que se segue, 52 sítios de antigos engenhos foram identificados na área de estudo. Consideraram-se identificados aqueles sítios aos quais foi possível associar uma coordenada geográfica segura que indicasse sua localização, mesmo nos casos em que não havia mais vestígio físicos visíveis, sendo necessário contar com informações verbais da população local. Além desses, coletaram-se dados de mais 13 sítios, compreendendo essencialmente capelas rurais isoladas e sedes antigas de usinas.


Ao fundo a bacia do rio Paraíba (Paraíba, 2002). Em vermelho, a localização dos 66 sítios pré-inventariados. Em azul, o rio Paraíba e, em preto, o polígono da área de estudo, mas precisamente a do Município de São Miguel de Taipu.

A várzea do rio Paraíba e seus engenhos

A ocupação da várzea do rio Paraíba pelos portugueses, no final do século XVI, foi o marco inicial da colonização da capitania de mesmo nome e significou, em seu início, parte do processo de proteção e expansão da economia açucareira das capitanias ao sul (Pernambuco e Itamaracá), inseridas, por sua vez, no pacto colonial europeu da Idade Moderna (Gonçalves, 2003).
Ocupada e explorada a Paraíba em nome do açúcar, sua identidade certamente é a identidade do negócio. E, mesmo sendo esse negócio interesse exclusivo das elites, foi o açúcar que, de fato, viabilizou a formação de uma sociedade em que se relacionavam homens de cabedal e despossuídos; brancos, vermelhos e, posteriormente, pretos.

ASPECTOS ECONÔMICOS

Inicialmente, São Miguel de Taipu teve como fonte de riqueza o ciclo da cana-de-açúcar e da aguardente, por ter em seu território em funcionamento 6 engenhos produzindo estes produtos sem falar da rapadura e do mel. Se destacando o Engenho Outeiro com a cachaça Kicana que muitos a faz lembrar até hoje.
A indústria açucareira trouxe grande prestígio para São Miguel, em virtude dos inúmeros engenhos de cana-de-açúcar distribuídos pela várzea de seu território.
Em 1907, o governo de Cruz de Espírito Santo autoriza na vila a criação de uma feira semanal no povoado de São Miguel, já que ela se desenvolvia sob o impulso da indústria açucareira e somada a grande produção do algodão na região.
No Século XXI, a Comunidade da Cidade de São Miguel de Taipu, sua fonte de renda é de 60% com base no salário mínimo proveniente de aposentadoria e 30% com ganhos acima de um salário mínimo e 10% com ganhos superiores até 4 salários mínimos. No centro urbano 70% possuem sistema de esgoto, na zona rural 40% das casas possuem fossas sépticas e 60% seus dejetos são jogados a céu aberto, o Município possui 80% de casas de tijolos e o restante são de taipa não revestidas coberta por telhas. A comunidade escolar são proveniente de famílias de baixa renda.


EMANCIPAÇÃO POLÍTICA


O inicio de seu povoamento aconteceu no final do século XVII quando fazendas de gado foram encontradas pelos holandeses em todo o litoral, hoje uma cidade sem muito destaque na Paraíba, foi elevada a condição de Distrito de Cruz do Espírito Santo no final do século XVIII, São Miguel de originou-se de um pequeno núcleo habitacional onde foi erguida a Igreja Matriz núcleo este assistido pela Missão do Padre Martim Monte nesta região sendo nesta época a sua principal atividade a cana-de-açucar.
O primeiro nome era São Miguel, depois passou para São Miguel de Itaipu que em tupi guarani significa “pedra de onde jorra água”. Taipu, é então, corruptela de Itaipu

A emancipação política de São Miguel de Taipu, para município, ocorreu por força da Lei nº 14 de 04 de novembro de 1962, tendo sua instalação definida pela Lei Estadual nº 2267, datada do dia 22 de Dezembro de 1962, desmembrando-se do território de Cruz do Espírito Santo sem prejuízo da demarcação de seus limites que sempre foram por onde se imaginou.
O desenvolvimento trouxe a Vila de São Miguel em 1881, já um pequeno aglomerado urbano, o serviços de ferroviários, a The Gredst Werstern do Brazil Raillway Company Limitead, antiga estada de Ferro CondEu um ramal Pilar-PB a Timbaúba-PE, tendo nossa terra duas estações ferroviárias, uma no Engenho Itapuá e Outra no Coitezeira, de propriedade do Engenho Outeiro, onde era feito a escoações das produções de açúcar dos engenhos da região e transportes de passageiros. Sendo o Senhor Benedito Martins o último bilhetista da Estação ferroviária de Coitezeira aqui no nosso município.
Com o surgimento das Usinas e conseguinte declínio dos engenhos nas primeiras décadas do século XIX, o prolongamento da Estrada de ferro para os centros de produção algodoeira do sertão, como também a criação de novos municípios autônomos , contribuíram para o declínio do Município, trazendo grandes transformações na sua estrutura, econômica e social..
Atualmente, o seu suplemento econômica é a agricultora, destacando-se o Abacaxi, que depois do ciclo da cana-de-açúcar fortalece a economia do Município de São Miguel de Taipu seguida de outras lavouras como: mandioca, batata doce, amendoim, milho e feijão. As lavouras permanentes estão representadas pelo coco , manga, acerola e outras frutíferas, em cultivos com pouca expressão econômica.
A população samiguelense dedica-se às mais diversas ocupações; alguns trabalham na agricultura, outras trabalham no comercio fora do município, na pecuária, nas repartições Estaduais ou na Prefeitura e alguns sobrevivem de rendimentos de aposentadorias e pensões.
Abacaxi a Cultura do Momento no Município


História de nossa cidade (Quando Vila)

Henrique Barbeiro, trabalhava na feira de São Miguel com as suas navalhas e tesouras. Cortou o cabelo muitas vezes do Menino José Lins do Rego, mais não era permitido pelo sua Tia Maria Menina que usasse nele a sua toalha. O Barbeiro estava sempre calado, apenas sorria.
Os cargueiros: Antonio do Engenho Novo e Antonio da Una, as traziam para feiras de Pilar e São Miguel vendendo abacaxis, passavam pelos engenhos com os caçuais cheios de mercadorias na volta Antonio da Una paravam no Engenho Corredor onde descia para uma bicada na destilação e as negras furtavam-lhe as frutas já Antonio do engenho Novo não parava no Corredor porque vinha de terras inimigas. No Pilar ele esquentava-se nas bodegas e fazia e das suas.
As Raparigas do Pilar passavam pela estrada nos engenhos, vindo de Pilar para a Feira de São Miguel. Andavam, a remexer o corpo, traziam sempre flor nos cabelos e os chinelos na mão para melhor caminhar na areia. Os cabras fugiam das mulheres de ponta-derua com medo das doenças-do-mundo.
A maior tragédia acontecida na nossa cidade, aconteceu na casa de Antonio Luis onde fabricava fogos de artifício certo dia uma de suas filhas arrochando os fogos ouve uma explosão que o corpo da moça passou pelas telhas morrendo instantaneamente. A população ficou chocados com o acontecimento.

O DESENVOLVIMENTO

O comercio local vem se desenvolvendo em ritmo lento, já apresentando, loja de roupas, mercadinhos, Banco Postal (Bradesco), Caixa Aqui, Correio, Farmácia, Salões de Beleza, Abatedouro de Aves, Lanchonete, Panificadoras, bares, armarinho e pequenos estabelecimentos comerciais.
O comercio local mantém transações comerciais com o comercio de Pilar, Sapé, Itabaiana e João Pessoa.
O Transporte de carga da rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA, que fazia o percurso de Cabedelo ao Sertão, essa rede foi criada no Governo de Juscelino Kubistchek, através da Lei 3.111, de 16/03/1957, pela qual foram incorporadas todas as estradas de ferro de propriedade da União, tendo como suas subordinadas, a Rede Ferroviária do Nordeste, os trens de passageiros que outrora cruzavam nosso município, foram tirados de circulação em 1980. Permanecendo até hoje os transportes de cargas em números reduzidos.
O Município de São Miguel de Taipu possui uma linha de Ônibus (Transnorte) antiga Viação Cometa intermunicipais em trânsito, fazendo o percurso João Pessoa, São Miguel de Taipu, Pilar e Itabaiana, interliga também o município as rodovias, PB 048, PB 042 e BR 230 o que está correndo o risco de perder essa linha devido o numero crescente de alternativo na cidade.
O Município de são Miguel de Taipu teve seu primeiro telefone público na Gestão de Prefeito Otávio Barreto Silva, no ano de 1985 ,hoje possui vários terminais telefônicos instalados, na zona urbana e dois terminais telefônicos na zona rural nas localidades de João Pedro, Fazenda Santa Lúcia e Assentamento Antonio Conselheiro.
O primeiro veículo de passageiro que teve entrada aqui em São Miguel de Taipú foi no ano de 1963, era um veículo tipo Marinete que levava as bagagens encima do veículo era aplicado pelos moradores de a chamarem de “sopa” antes desse veículo entrar aqui os moradores iam para a placa, pois a “sopa” passava por lá vindo de Pilar e indo para João Pessoa.
Depois no inicio dos anos 70 a empresa Viação Cometa começou a fazer está linha via Itabaiana.
Está sendo instalado nesse ano de 2008 o 1º Autódromo Internacional da Paraíba no Município de São Miguel de Taipu, sendo organizador o Senhor Renato conforme mostra a maquete abaixo na localidade Itapuá de cima perto de Mata de Vara.



ASPECTOS RELIGIOSOS

Nos primeiros momentos de povoação (1859), e a condição de Vila (1949), São Miguel de Taipu se mostrou tradicionalmente Católica, com a catequização de nossos nativos pelos Jesuítas que chegaram a região, a Igreja Matriz foi concluída pelo Vigário Antonio Rodrigues (1875), que também rezava missas nas Paróquias do Pilar e de Cruz de Espírito Santo.desde a sua fundação os padres que por aqui passavam tinham residência fixa em Cruz do Espírito Santo (1875 a 1930) e em Pilar (1930 a 1970), pelo Padre José Maria, com a vinda do Padre João Maria Cauxi e da Irmã Cecília até os dias atuais fixou-se residência na Casa Paroquial da Cidade de São Miguel de Taipu, onde antes eram residências apenas de Freiras que catequizavas os habitantes de nossa terra.
O nome da Cidade era conhecido apenas por São Miguel, mas com a doação do Santo São Miguel ter vinda do Engenho Taipu, daí a complementação do Taipu que antes também era chamado de Itaipu, passando a chama-se definitivamente pelo nome São Miguel de Taipu.
Os habitantes daqui já presenciaram por duas vezes a visita de Frei Damião que sempre que vinha ao Pilar vinha aqui também abençoar os católicos samiguelense, vários Arcebispo da Paraíba por aqui estiveram entre eles: Dom José Maria Pires, Dom Marcelo Pinto Cavalheira, Padre Adelino e Frei Anastácio.
Os habitantes comemoram a sua religiosidade, comemorando as datas religiosas (São Sebastião em Janeiro,São João, São Pedro em Junho e Santana em Julho), em Setembro comemora-se a Festa da Colheita, na Semana Santa, Procissão de Nossos Senhor Morto, os novenários e via- sacras.
A parte social da festa, realizada em Pavilhão na Praça Central, com apresentações de Bandas Musicais patrocinadas pela Prefeitura Local.
Para os cultos evangélicos, existem as Igrejas: Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Unidos do Brasil na zona urbana e Igreja Brasil para Cristo, Igreja Assembléia de Deus, e Igreja Betel (Batista) na zona rural.