agosto 29, 2009

FAZENDA OITEIRO

Vista do Engenho Outeiro (Casa Grande estilo francês )

O Engenho Outeiro foi fundado em 1701 foi visitado pela comitiva de Dom Pedro II em 1859. Era conhecido como o Engenho mais rico da região devidos os empreendimentos de seus donos quer que seja no fabrico de açúcar, como na fabricação de cachaça sem a mais procurada pelos os armazém da região, sendo suas terras uma das maiores da redondeza tinha o privilégio de ter em suas terra uma estação ferroviária em Coitezeira que lhe serviu por muitos anos na escoação da produção do açúcar e do mel de furo o transporte era feito de carro de boi e nas mulas até o outro lado do rio.
O Engenho Outeiro tornou-se conhecido em todo Estado da Paraíba e a nível Nacional por ser o único do Estado que tinha uma Maternidade de Inseminação artificial; servindo de celeiro
para muitos estudantes de medicina veterinária do Brasil e de alguns país como; Estados Unidos e Japão, que até aqui visitaram para conhecer a técnica de inseminação e reprodução de espécie bovina.
São Miguel de Taipu é um Município da Zona da Mata, situado no baixo Paraíba, a uma distância de 66 Km de João Pessoa, onde romancistas, poetas, roteiristas de cinema e cinegrafistas, além de escritores, se inspiram para elaborar livros, filmes, ensaios e romances. Isto por que, na área urbana deste pequeno rincão paraibano, está encravado o Engenho Outeiro, internacionalmente conhecido por servir de roteiro para filmes de reconhecida fama, como Menino de Engenho, A Bagaceira (Soledade ) e Fogo Morto com os atores globais.
O próprio Zé Lins do Rego, escritor paraibano conhecido em todo mundo, visitou esta propriedade algumas vezes e até escreveu sobre ela em suas crônicas, livros e cartas.
Com o respaldo de visitante tão famoso assim, o Engenho Outeiro já completou muitos anos de existência e, hoje, é um dos marcos do apogeu financeiro desta região do Várzea do Paraíba, que viveu sua idade de ouro, num período de mais de três séculos. Logo do terraço da Casa Grande, uma surpresa aguarda os visitantes: em artigo publicado no jornal O Globo (não há data visível) Zé Lins do Rego faz comentário sobre os engenhos da Várzea e enfoca particularidades curiosas do Engenho Outeiro, até hoje, poucas conhecidas. Por exemplo, o engenho Outeiro foi um dos mais opulentos da região. Seu fundador, Lourenço Bezerra de Albuquerque Melo, trouxe, da França, a planta da casa grande. Isto em aconteceu há 116 anos. E o casarão ainda está lá , realçando seu esplendor, embora recebendo pintura nova.
A arquitetura francesa é inconfundível: os arcos do terraço se assemelham aos do pórtico do Arco do Triunfo, de Paris.
A fachada tem a ver com o estilo arquitetônico do Louvre. Porém, no casarão, não é só o modelo que é importado.
Também vieram da França os moisacos do piso, as grades de ferro das varandas, as pesadas portas e janelas de madeiras e uma escada de ferro em caracol, está última um equipamento que inicia na sala de estar, dando acesso a um pavimento superior.
Na crônica de Zé Lins do Rego, elegantemente exibida numa moldura colocada na parede do terraço, pode-se ler que, para a época, o casarão do Engenho Outeiro possuía novidades revolucionárias.
O Engenho Outeiro foi a primeira casa da Várzea do baixo Paraíba a possuir banheiros internos. No quarto de banhos foi instalada uma ducha escocesa. No pátio, um claustro de palmeiras causava admiração aos visitantes.
E a casa inteira era servida por moinhos de água, que alimentavam um reservatório central encarregado de suprir as torneiras internas e externas.
Na entrada lateral do casarão, está uma lâmpada de bujão de cobre e redoma de vidro, também importado da Europa. Este equipamento, que está razoavelmente conservado, era o sistema de iluminação a gás (querosene) utilizado no casarão na época antes da chegada da energia elétrica.
Uma curiosidade do Engenho é uma caixinha de musica , importada da Europa no final do Século XIX. Ainda funciona. O instrumento é quase do tamanho de um piano.
O relógio de pêndulo está ao canto, desativado. É de fabricação estrangeira. Segunda Dona Clóris ele foi adquirido no Recife, há 60 anos. Um fotografo famoso da Paraíba, Bronzeado Filho, documentou todo acervo móvel do engenho, a fim de produzir um documento visual, para presente e posteridade.